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terça-feira, 17 de setembro de 2013

MAIS 08 AGENTES PENITENCIÁRIOS PRESOS!

Agentes penitenciários presos cobravam até R$ 5 mil por cada celular que entrava em presídio

Oito agentes foram presos nesta segunda-feira, e outros dois estão foragidos. Eles atuavam no Centro de Detenção de Marataízes.



ALMIR NETO | aneto@redegazeta.com.br

 Oito agentes penitenciários foram presos na manhã desta segunda-feira (16), acusados de facilitarem a entrada de celulares e drogas no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Marataízes. A entrega de cada celular pelas mãos dos agentes chegava a custar R$ 5 mil, dependendo do modelo e da quantidade de chips.
Os agentes presos foram acusados de crimes como formação de quadrilha, tráfico, associação para o tráfico, peculato, corrupção ativa e passiva, entre outros. De acordo com o delegado, ao fim do inquérito será definida a participação de cada um dos acusados no esquema. 

Os agentes presos foram identificados como Wesley Bernardo Martins, 34 anos, Welington Paz Teixeira, Thiago Marvila Paz, de 32 anos, Walace da Silva Pimentel e Edipo Bahiense Pontes, de 24 anos, Maicon de Souza Santos, 31, Saulo de Freitas, 27 e Evaldo Dias, 41 anos. Todos foram encaminhados para o Centro de Detenção de Xuri, em Vila Velha.

Outros dois agentes não foram localizados pela polícia, e são considerados foragidos. Na operação, foram apreendidas as armas dos agentes, veículos, celulares, dinheiro e notebook. A investigação corria há cerca de um ano e meio.

Viagem ao exterior

De acordo com o superintendente de Polícia do Interior, delegado Danilo Bahiense, que comandou as investigações, os agentes tinham entre 2 e 13 anos de atuação dentro do sistema prisional e um deles teria viajado para o exterior, após o registro de uma fuga. “É no mínimo estranho que ele tenha feito essa viagem logo após a fuga de presos, uma vez que o salário médio dos agentes não é compatível com esse tipo de lazer".

Bahiense também comentou que os agentes eram assediados por detentos e também por familiares. “Eles facilitavam a entrada de drogas e celulares, principalmente. Certamente os agentes são assediados pelos presos e também por familiares. Tudo isso facilita. Se o cidadão não tiver princípios éticos e morais, ele acaba se corrompendo”, salientou.

Secretário diz que servidores perderão seus empregos

O secretário de Justiça do Estado do Espírito Santo, Sérgio Alves Pimentel, declarou durante entrevista coletiva que a fiscalização sobre o sistema como um todo é constante e que ela vai continuar. “Não terminamos por aqui. Nesse caso serão instaurados inquéritos administrativos e os servidores perderão os seus empregos”, confirmou.

Ele disse também que há uma parceria entre a Sejus, a Polícia Civil e o Ministério Público para a realização de investigações. Ele também revelou que nos últimos seis anos o governo realizou investimentos da ordem de R$ 450 milhões em equipamentos, treinamento de pessoal, e construção de novas unidades.

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