Assembleia Legislativa do ES se cala diante das acusações a Da Vitória
Publicado em 22 de agosto de 2012 às 13:57
Na segunda-feira (20), o nome do
deputado foi incluído no rol dos investigados no esquema corrupção em
contratos firmados entre Iases e a Associação Capixaba de
Desenvolvimento e Inclusão Social (Acadis).
Mas o protecionismo ao deputado
não se restringe à repercussão da “Operação Pixote”, da Polícia Civil e
do Judiciário.
Ainda no primeiro semestre do ano passado, a Corregedoria
da Assembleia recebeu a denúncia da Associação de Mães e Familiares
Vítimas da Violência (Amafavv). O corregedor da Casa, José Carlos Elias (PTB), designou o deputado Henrique Vargas (PRP) relator do processo.
Procurado pela reportagem de Século
Diário, nessa terça-feira (21), Vargas disse que à época a denúncia foi
arquivada porque “não havia comprovação das denúncias”. Questionado
sobre os novos episódios, envolvendo o caso, o deputado disse que vai
ouvir os colegas para saber as providencias a serem tomadas.
Esta não é a primeira vez que a Corregedoria da Assembleia atua de forma a proteger deputados acusados de participação
em casos de repercussão. Na legislatura passada, o então deputado
Wolmar Campostrini (PDT), apesar de ter o nome envolvido em um caso de
venda de votos, teve o processo arquivado na Corregedoria da Casa.
O escândalo envolvendo Campostrini
ganhou projeção no dia 24 de abril de 2008, quando foi deflagrada pela
Polícia Federal a operação “Auxilio-sufrágio”, que cumpriu 50 mandados
de prisão e outros 59 de busca e apreensão, no escritório, na residência
e no gabinete do deputado, que só não foi preso devido à imunidade
parlamentar. O processo na Corregedoria ficou parado por dois anos e em
2010 foi arquivado, enquanto isso, Campostrini cumpriu normalmente o
mandato parlamentar.
Nos corredores da Assembleia, o
comentário é de que de se depender dos deputados, nenhuma providência
deverá ser tomada em relação ao deputado Josias Da Vitória.
Fonte: Seculo Diario
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