
Tirando a dor chata do dente do siso que ameaçava romper-lhe a gengiva a qualquer momento, o último dia de vida de Lucas Pioto Ramos Sousa parecia como qualquer outro dia quente de verão. De férias do trabalho e da escola técnica, o destino de Lucas naquela manhã foi o mesmo de outros tantos jovens de Vila Velha que não perdem por nada a oportunidade de pegar uma praia num dia de sol esfuziante. “Naquela terça [17/01/2012] ele voltou cedo da praia. Estava se queixando do siso. Depois ele almoçou e saiu com a moto por volta das 3 horas da tarde. Disse que iria à casa de um amigo. Pedi pra que ele me ligasse para dar notícias. Por volta das 18 horas ele me ligou para avisar que iria dar uma volta de moto”, conta a mãe, Gisalda Pioto.
Aquele seria o último contato de Lucas com a família. Cerca de uma hora depois, o pai, Amarildo Ramos, receberia a trágica notícia de um amigo de Lucas: “Acho que o Lucas foi baleado”, alertou o amigo. “Meu filho é muito conhecido no bairro. Um dos amigos dele o reconheceu pelo capacete e ligou para minha casa para ter certeza que se tratava do Lucas. Na hora fiquei sem ação. Passa um filme na sua cabeça”.Lucas sempre foi muito apegado aos pais. “Um menino de ouro”, resume o pai. Contendo as lágrimas, Amarildo recorda: “Acompanhei cada minuto da vida do meu filho. Troquei fraldas, dei mamadeira. Sabe? Essas coisas de pai. Sempre estive presente nos momentos importantes da vida dele. O Lucas sempre gostou muito de jogar futebol. Ele era muito bom, se destacava”, conta. “Tanto é que ele iria para Itália agora em fevereiro, por meio de um amigo nosso que mora lá, para fazer testes em alguns times de futsal”, completa Gisalda, confirmando os dotes futebolísticos do filho.

Na noite daquela terça-feira (17), quando Amarildo chegou à rua José Ramos de Oliveira, uma das principais do bairro Nossa Senhora da Penha, em Vila Velha, a polícia já havia levado os dois rapazes para o Hospital Antônio Bezerra de Farias. “Estava tudo muito confuso. Não estava entendendo nada. Só sabia que meu filho estava junto com outro rapaz na moto e os dois tinham sido baleados por um policial à paisana. Perguntei a um policial, que ainda estava no local, informações sobre o estado do meu filho. Friamente, ele respondeu: ‘O negócio não tá bom não para o lado deles. Só sei que levaram os dois para o hospital’. Foi essa a informação que recebi”.

Como costuma acontecer em casos de confronto com a polícia, os dois jovens, “não resistiram aos ferimentos”, e chegaram mortos no hospital. “Às vezes não acredito que meu filho morreu da maneira como morreu. Tenho certeza que houve excesso do policial, só preciso provar. Vou exigir que a investigação apure a verdade com transparência. Quero saber o que exatamente aconteceu, pois, até agora, os jornais só publicaram a versão da polícia”, critica Amarildo.

O policial, após prestar depoimento no Departamento de Polícia Judiciária (DPJ) de Vila Velha, foi liberado. Ao delegado ele relatou que foi fechado por dois rapazes que queriam roubar a sua moto. Ao descer da motocicleta, o PM teria aproveitado o descuido do rapaz que estava armado (Derik) para atirar contra os dois homens.
O representante da associação ainda ressalta que o soldado, se valendo de sua experiência de 16 anos de atividade na polícia, conseguiu fazer os disparos mantendo a segurança dele e de quem passava na rua.
O tom corporativista da declaração reforça a tese que o bordão “primeiro atira, depois pergunta” é levado ao pé da letra por alguns policiais. “Pelos relatos, mesmo sem saber exatamente o que ocorreu, é evidente que o policial agiu de maneira precipitada. Não é possível que um PM experiente, com 16 anos de profissão, não poderia ter recorrido a outro recurso que não fosse a execução do meu filho”, questiona Amarildo.

Amarildo admite que seu filho conhecia Derik de Oliveira Reis, 21 anos, que estava na garupa da moto no momento do infortúnio. “Conhecemos o Derik desde pequenininho. Eu costumava levar os meninos do bairro para jogar futebol. Mais recentemente, a vizinhança comentava que o Derik estava se metendo com coisas erradas, mas ele não tinha amizade com o meu filho. Como eu disse, meu filho era muito querido e não discriminava ninguém. Talvez no dia, o Derik tenha pedido uma carona a ele não tenha tido coragem de dizer não. Pode ser até que ele tenha sido coagido. Existem diversas possibilidades”, argumenta Amarildo.
O pai de Derik, o professor de educação física Everaldo Patrício Reis, admitiu, em entrevista ao jornal A Tribuna, que havia desconfiança da família que seu filho estivesse se envolvendo com “coisas erradas”, mas que não havia provas. Everaldo, assim como Amarildo, acredita que a morte de seu filho poderia ter sido evitada. “O que esse policial fez foi uma execução brutal. Refleti muito sobre isso, e acho que esse policial poderia ter poupado as vidas dos meninos. Para que ele matou os dois? Por que ele continuou atirando depois que eles já estavam caídos no chão? Meu filho levou cinco tiros. Não precisava disso”, declarou o professor ao jornal A Tribuna. Ele clama por justiça, mas tem dúvida da isenção da Corregedoria da PM na apuração do crime.

Na última segunda (23), os pais de Lucas estiveram no Tribunal de Justiça, onde foi feito um termo de declaração para ser encaminhado à Comissão de Prevenção e Enfrentamento à Tortura para providências. Na próxima sexta (3), os pais de Lucas serão recebidos pelo presidente do Tribunal, desembargador Pedro Valls Feu Rosa, que deve acompanhar de perto o caso. “A dona Maria das Graças está nos ajudando e vamos falar com o presidente do Tribunal”, avisou Amarildo.
Como acontecem em episódios em que policiais reagem e matam “bandidos”, a mídia, a própria polícia e parte da população aprovam a atitude do policial e o ascende à posição de herói. É comum ouvir a frase: “bandido tem que morrer”, “Tá defendendo? Leva pra sua casa”; “La vem o pessoal dos ‘direitos dos manos’ defender bandido” e outras expressões do gênero.
O instinto de vingança de parte da sociedade parece ser saciado nesses casos de execuções sumárias de suspeitos, que são rapidamente “condenados” pela mídia, mesmo antes do caso ser esclarecido, como no episódio envolvendo Lucas.

Não satisfeito, o vereador chegou a propor que as pessoas comemorem a morte de bandidos. Ele lembra que as quadrilhas criminosas fazem churrasco e soltam fogos, bebem e usam drogas quando um policial é morto e sugere: “Nó que somos trabalhadores temos que fazer o mesmo. Sei que alguém dos direitos humanos vai me criticar. Sou a favor da vida, porém, entre morrer um policial e um bandido, que morra o mau feitor”, simplifica o irresponsável vereador, fazendo clara apologia à perigosa lógica de se fazer justiça com as próprias mãos.
o seu filho eu não sei, mas o Derik com certeza era bandido, ele roubou o carro de um integrante da minha familia na frente da casa dela, armado e perigoso.
ResponderExcluirtenho filhos e imagino sua dor, mas seu filho morreu por estar em ma companhia
É isso ai, se estivesse trabalhando não teria morrido.
Excluirvagabundo
ResponderExcluirmorreu de otario
A questão da disciplina dentro da família encontra-se bem tratada na Palavra de Deus. E o Novo Testamento até a utiliza para demonstrar como Deus não age diferente dentro de sua própria família espiritual:
ResponderExcluirVocês se esqueceram da palavra de ânimo que ele lhes dirige como a filhos: “Meu filho, não despreze a disciplina do Senhor, nem se magoe com a sua repreensão, pois o Senhor disciplina a quem ama, e castiga todo aquele a quem aceita como filho”. Suportem as dificuldades, recebendo-as como disciplina; Deus os trata como filhos. Ora, qual o filho que não é disciplinado por seu pai? Se vocês não são disciplinados, e a disciplina é para todos os filhos, então vocês não são filhos legítimos, mas sim ilegítimos. Além disso, tínhamos pais humanos que nos disciplinavam, e nós os respeitávamos. Quanto mais devemos submeter-nos ao Pai dos espíritos, para assim vivermos! Nossos pais nos disciplinavam por curto período, segundo lhes parecia melhor; mas Deus nos disciplina para o nosso bem, para que participemos da sua santidade. Nenhuma disciplina parece ser motivo de alegria no momento, mas sim de tristeza. Mais tarde, porém, produz fruto de justiça e paz para aqueles que por ela foram exercitados. (Hebreus 12:5-11 NVI, o destaque é meu.)
blog juiz de fora segura
VAGABUNDO FILHO DE PUTA CRUZADO COM VEADO CORNO.....
ExcluirAGORA ESTA NO INFERNO SERVINDO DE MULHERZINHA AO SATANAS...
QUEM SABE VOCE PAI DE UM EX-SAFADO... NAO QUER ENCONTRAR SEU FILHINHO NO INFERNO
UMA SALVA DE PALMAS PARA O PM...
MARCOS
Marcos, VAI TOMAR NO SEU CU! Você fala o que não sabe, julga sem saber e ainda fala merda... É um filho da puta mesmo!!!
ExcluirO dia que acontecer uma brutalidade da parte de PM despreparado na sua família, você vai sentir na pele! SEU DESGRAÇADO!!!!
Anda com um vagabundo ladrão armado e não sabia que o cara ia fazer um assalto?! conta essa mentira para outro seu puto, dois marginais a menos nas ruas apontando armas aterrorizando pessoas de bem. morreu e já foi tarde esse câncer, esse tumor da sociedade e tomara que outros marginais tenha o mesmo fim, pois na hora de apontar uma arma ninguém pensa nas vitimas. burro se fudeu foi assaltar logo um PM
ResponderExcluiresse pai ainda deveria levar umas borrachas nas costas por querer achar ruim que o PM matou seu filho marginal. deveria ir na corregedoria e levar um cassete no rabo
ResponderExcluirP.M G.A.O B.M.E PORCOS FARDADOS SEUS DIAS ESTAO CONTADOS!!!
ResponderExcluirPCC VAI VIM PRO ESPIRITO SANTO E VAMO MATA TUDO!!!
PRA QUEM CRITICA LEIA SEUS FILHU DA PUTA!!!EM VEIZ DE FICAR NA JANELA OLANDO A VIDA DOS OUTROS!!!SAIBA MAIS SOBRE A POLIÇIA SEUS VERMES INSIGUINIFICANTES!!!EM 95POR CENTO DO CRIME ORGANIZADO EXIXTE A POLIÇIA...SEM A POLIÇIA NAO CHEGA A DROGA A A ARMA E OS DEMAIS.......MAIS NAO FICA CENTADO COM ESSE CÚ GORDO NO SOFÁ VENDO TELEVISAO....
ACORDA PRA VIDA VEJA A REALIDADE!!OS JOVENS ESTAO MORRENDO POR QUEM TRAIZ O MAL PRA COMUNIDADE!!!