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quarta-feira, 4 de julho de 2012

Pedro Nacort: TJES mantém condenação de acusado de matar jovem em 1999

O Pleno do Tribunal de Justiça do Estado (TJES) julgou, nesta quarta-feira (4), um recurso impetrado pela defesa de Erivelto de Souza Pereira, conhecido como “Diabo Loiro”, condenado no dia 5 de novembro de 2011 pelo Tribunal do Júri de Vitória, a 18 anos de prisão e à perda da patente de soldado pelo assassinato de Pedro Nacort, com 20 tiros, em 1999. Os desembargadores decidiram manter a condenação de Erivelton e ainda determinaram que Jeferson Zambalde Torezani, dono da arma usada para matar Pedro, vá novamente a júri popular.

Apesar de ter sido Erivelton condenado, o júri absolveu Jeferson Zambalde. A arma usada para matar Pedro Nacort, de propriedade de Jeferson, também teria sido usada, ainda em 1999, em um crime que vitimou quatro pessoas e feriu outras duas, em Bairro República, em Vitória. Além disso, a balística da arma também deu positiva no caso da morte de Luiz André Vieira, jovem morto na Avenida Adalberto Simão Nader, também em Bairro República. 


A mãe de Pedro Nacort, Maria das Graças Nascimento Nacort, fundou, após o assassinato do filho, a Associação de Mães e Familiares de Vítimas da Violência (Amafavv) e realizou uma vigília em frente ao TJES nesta quarta-feira com cruzes, faixas e cartazes pedindo por justiça e pela prisão do acusado.

O crime

Pedro, na época do crime, aos 26 anos, morava com a mãe num apartamento na rua Sete de Setembro, no Centro de Vitória. Era flanelinha, tinha disritmia cardíaca e tomava remédios controlados. A mãe dedicava-lhe intensos cuidados por conta da doença. Maria das Graças já alertava o filho para que tivesse cuidado com a polícia, que costumava fazer abordagens violentas no Centro.

No dia do assassinato, Pedro saiu de casa pouco depois da meia-noite para comprar cigarros e não voltou. Maria das Graças ouviu seguidos estampidos que pensou serem fogos de artifício. Cerca de 15 minutos depois, policiais a chamaram pelo interfone do prédio para reconhecer o corpo do filho, atingido com 22 tiros, oito deles no rosto.

Maria das Graças, na sua luta incansável por justiça, investigou, reuniu provas e acabou descobrindo o envolvimento de uma mulher com quem Pedro havia rompido um relacionamento dez dias antes do crime, e chegou ao nome de quatro PMs. A investigação identificou pelo menos uma arma do crime, que pertencia, de acordo com o exame balístico, a um dos policiais.

As evidências, as provas técnicas e as contradições apresentadas pelas testemunhas de defesa dos policiais não foram suficientes para “convencer” o júri que, segundo Maria das Graças, foi intimidado pelos policiais.

A militante lembra que no dia do primeiro julgamento, numa clara tentativa de intimidação, uma grande quantidade de viaturas e policiais do GAO (Grupo de Apoio Operacional) praticamente cercou o Fórum, embora a segurança judiciária não faça parte de suas funções.

Erivelton já respondeu e foi absolvido por três homicídios na Vara de Auditoria Militar. Somente após a Lei Federal 9299/96 é que os homicídios praticados por policiais militares passaram a ser julgados pelo Tribunal do Júri.

http://www.seculodiario.com.br/exibir_not.asp?id=88712

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